Fatos e Falácias da Economia - Resenha crítica - Thomas Sowell
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Fatos e Falácias da Economia - resenha crítica

Fatos e Falácias da Economia Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Economia

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 8501090794 ; 978-8501090799

Editora: Record

Resenha crítica

O poder das falácias

Falácias não são simplesmente ideias malucas. Geralmente são plausíveis e lógicas, mas com alguma coisa faltando. Sua plausibilidade lhes rende apoio político.

É por isso que vale a pena observar mais profundamente as coisas que, num dado momento, parecem boas na superfície. Algumas vezes, o que falta a uma falácia é simplesmente uma definição.

Palavras indefinidas têm poder na política, especialmente quando invocam algum princípio que envolva as emoções das pessoas. As falácias são abundantes em políticas econômicas, e afetam tudo, desde a habitação até o comércio internacional.

A falácia de soma zero

Muitas falácias individuais na economia baseiam-se na mais ampla, e geralmente implícita, falsa suposição de que transações econômicas são um processo de soma zero, em que tudo que alguém ganha é perdido por outra pessoa.

Porém, transações econômicas voluntárias não continuariam a ocorrer se não fossem benéficas a ambos os lados.

Pode haver muitos termos aceitáveis para um lado ou para o outro, mas a única maneira pela qual as operações poderão ocorrer é se os conjuntos de termos aceitáveis para cada lado se sobrepuserem.

A falácia da composição

Os estudiosos de lógica chamam de “falácia da composição” a crença de que o que é verdade sobre uma parte é verdade sobre o todo.

Muitas políticas econômicas envolvem a falácia da composição, quando, por exemplo, políticos ajudam algum grupo, setor, estado ou outro interesse especial e, no entanto, apresentam os benefícios como se fossem ganhos líquidos à sociedade, o que, na prática, trata-se de roubar de Pedro para pagar Paulo.

A falácia das peças de xadrez

No início do século XVIII, Adam Smith escreveu sobre o teórico doutrinário que “parece imaginar que possa dispor os diferentes membros de uma grande sociedade com tanta facilidade quanto a mão dispõe as diferentes peças por um tabuleiro de xadrez”.

Esses teóricos são tão comuns atualmente e têm pelo menos tanta influência em moldarem leis e políticas quanto naquela época.

Apesar de alguns experimentadores sociais acreditarem que, se um programa ou política não funcionar, poderão tentar outro e mais outro depois, as incertezas geradas por um experimento incessante podem fazer com que as pessoas mudem seu comportamento, afetando a economia de maneira adversa.

Fatos e falácias urbanos

Uma das primeiras perguntas a serem feitas sobre as cidades é a seguinte: por que existem? Quais são as implicações econômicas da vida urbana? O que faz com que as cidades floresçam ou não? Os fatos são razoavelmente diretos, mas o desafio está em desemaranhar as falácias.

  • Transporte

A maioria das cidades foi construída antes de existirem veículos motorizados na terra, na água ou, é claro, no ar.

O fato mais fundamental é que o transporte terrestre sempre foi muito mais caro do que por água. Ainda hoje, costuma ser mais barato enviar bens a milhares de quilômetros de distância por água do que por terra.

  • Concentração e dispersão populacionais

Uma das várias falácias urbanas consiste em que cidades densamente povoadas sejam um sinal de “excesso de população”, quando, de fato, em alguns países, mais da metade de seu povo viva num punhado de cidades, enquanto há vastas áreas abertas e, em grande parte, vagas, nas zonas rurais.

  • Congestionamento no trânsito

O fato de a maioria das ruas das cidades e a maioria das estradas serem gratuitas significa que essas vias tendem a ser utilizadas de maneira mais extensiva do que seriam se os motoristas tivessem que pagar os custos que o seu deslocamento impõe aos demais.

Isso tem consequências econômicas, ambientais e até mesmo médicas.

  • Habitação

A maior falácia econômica em relação à moradia é a de que a “habitação com preço acessível” requer intervenção governamental no mercado, talvez com subsídios, controle de aluguel ou outros dispositivos.

Preços desastrosos para moradia certamente são cotidianos em alguns lugares, entretanto, a questão é se os programas governamentais oferecem uma forma pela qual se possa sair dessas situações.

  • Política

Como as formas de restrição às construções que fizeram disparar os preços dos imóveis adquiriram um embalo político tão grande? Parte da resposta está no inebriante, porém enganoso, conceito de “planejamento”.

O que chamamos por esse nome, na retórica política, é a supressão, pelo governo, do planejamento de cada uma das pessoas, sobreposto por um coletivo criado por terceiros, armado com a força do governo e isento de arcar com os custos impostos aos demais.

  • Favelas e criminalidade

Uma das falácias urbanas mais antigas pode ser resumida pela frase “favelas são berçários do crime”. Bairros degradados geralmente têm apresentado índices de criminalidade bem maiores do que aqueles onde pessoas mais ricas têm adquirido habitações mais novas e mais caras.

No entanto, correlação não é causalidade. É necessário sempre analisar o contexto como um todo e não apenas se render a reducionismos pobres.

Fatos e falácias masculinos e femininos

Na maioria das sociedades, durante a maior parte da história, as mulheres ganharam menos do que os homens. Trata-se de um fato inquestionável. O que pode ser questionado e já gerou várias falácias são as diversas tentativas de explicá-lo.

  • História

Independentemente das razões, as diferenças entre a qualificação de mulheres e homens geralmente têm sido demonstráveis e substanciais. Estas diferenças mudaram ao longo do tempo, de tal forma que uma redução da disparidade de renda entre os sexos não pode ser automaticamente atribuída a uma menor discriminação exercida pelo empregador.

Tal fenômeno pode ser resultado de uma diminuição de diferenças em educação, experiência de trabalho ou disponibilidade para trabalhar fora de casa.

  • Jornada de trabalho regular e irregular

Enquanto muitos empregos têm horários regulares de 9h às 17h, outros exigem que se façam tantas horas extras quantas forem necessárias, sempre ou em qualquer lugar.

Na prática, como as mulheres, mais frequentemente do que os homens, carregam o ônus das responsabilidades pelos filhos e do cuidado com a casa, as carreiras que envolvem uma grande carga de trabalho à noite e aos fins de semana são menos atraentes para elas.

  • Responsabilidades domésticas

Em princípio, as responsabilidades familiares podem ser divididas igualmente entre o marido e a mulher, entre o pai e a mãe. Na prática, no entanto, essa não é a regra na maioria dos lugares e dos períodos da história.

Como as consequências econômicas são mais decorrentes de práticas do que de princípios, a divisão assimétrica de responsabilidades domésticas produz diferenças de renda entre homens e mulheres de várias maneiras.

  • A analogia da minoria

Muitas pessoas já fizeram analogias entre a situação das mulheres e a de minorias pobres, diante do argumento de que as disparidades de renda nos dois casos se devem à discriminação por parte do empregador.

Mas existem diferenças fundamentais entre as circunstâncias das mulheres e as de minorias, que afetam tanto a análise quanto às políticas públicas. Não é uma comparação simples e, quando feita, ela implica em reducionismos descontextualizados.

Fatos e falácias relacionados à renda

Algumas das maiores falácias quanto a esse tema com relação ao cenário norte-americano:

1. Exceto pelos ricos, a renda dos norte-americanos se estagnou por vários anos.

2. A classe média norte-americana tem diminuído.

3. Ao longo dos anos, os pobres têm ficado mais pobres.

4. Os executivos ganham muito em detrimento tanto dos acionistas quanto dos consumidores.

  • Renda domiciliar

As comparações que utilizam dados sobre a renda domiciliar são indicadores muito menos confiáveis de padrões de vida do que os dados sobre renda individual, porque os domicílios variam em tamanho, enquanto um indivíduo sempre significa uma pessoa.

  • Renda dos trabalhadores

No caso de estatísticas que afirmam que a renda dos trabalhadores não aumentou de maneira significativa ou em termos absolutos ao longo dos anos, estes dados excluem o valor de direitos trabalhistas, que têm representado uma parte cada vez maior da remuneração de empregados ao longo dos anos.

  • Desigualdade de renda

No fim das contas, estamos preocupados com pessoas, principalmente com o padrão de vida delas, em vez de com categorias estatísticas. Como os prósperos e os ricos podem cuidar de si, há um foco especial nas pessoas com renda modesta ou baixa.

Apesar de tudo isso parecer óbvio, houve muita habilidade para tramar escândalos estatísticos que têm pouco ou nada a ver com o padrão de vida de seres humanos reais, de carne e osso.

Fatos e falácias raciais

A raça por si só se trata de uma falácia, num mundo em que a miscigenação racial alcança níveis muito além de tempos anteriores e continua a aumentar, mesmo enquanto a estridência de identidades raciais separadas se torna mais escandalosa.

  • Diferenças de grupo

Tem sido bastante comum comparar um determinado grupo, como o dos negros nos Estados Unidos, com a média nacional, e considerar que as diferenças são indicativos de uma peculiaridade especial do grupo comparado, ou uma peculiaridade especial de políticas ou atitudes em relação a esse grupo.

Mas tanto uma conclusão quanto a outra podem ser enganosas quando a própria média nacional é apenas um amálgama de variações amplas entre muitos grupos étnicos, regionais e outros.

  • História

Talvez a maior falácia sobre a história de minorias raciais e étnicas seja que a passagem do tempo reduz a hostilidade e a discriminação que esses grupos enfrentam. Em muitos países, as minorias enfrentaram mais hostilidade e discriminação num período mais recente do que em épocas anteriores.

  • Escravidão

Além dos seus próprios males durante seu próprio tempo, a escravidão gerou falácias que perduram até hoje, confundindo muitas questões da atualidade. Durante vários séculos, os europeus escravizaram outros europeus, os asiáticos escravizaram outros asiáticos e africanos escravizaram outros africanos.

Fatos e Falácias do Terceiro Mundo

Contrastes entre a prosperidade de diversas nações ocidentais e a terrível pobreza de alguns países do Terceiro Mundo despertam muitas emoções e provocam muitas perguntas em relação a como isso pode acontecer.

Apesar de estas perguntas terem produzido muitos fatos, a incapacidade de se estabelecer uma distinção entre causa e culpa produziu muitas falácias.

  • Geografia

Pode parecer estranho que a configuração da Terra possa afetar quais povos viverão na pobreza e quais alcançarão a prosperidade. Mas esse é um dos fatores fundamentais para entender um pouco da pobreza no mundo.

  • História

Quando nos referimos às nações do Terceiro Mundo, podemos ter a impressão de que existe um determinado conjunto de países muito diferentes de outros. Porém, isso seria uma falácia. Uma lista de países prósperos ou de afetados pela pobreza feita há cem anos não conteria os mesmos países que hoje.

Em uma visão ampla da história, todas as nações foram de Terceiro Mundo em algum ponto ou outro da sua evolução.

  • População

Há mais de dois séculos, uma das explicações mais persistentes para a pobreza, no Terceiro Mundo ou em outros lugares, tem sido a “superpopulação”. Mas poucas vezes o termo recebeu uma definição significativa.

É possível encontrar países afetados pela pobreza com densidades populacionais maiores do que alguns países prósperos. Mas não existe nenhuma relação consistente entre densidade populacional e renda real.

Notas Finais

Quantas vezes não repetimos sem pensar um monte de conceitos que depois demonstram ser arcaicos ou nem tão verdadeiros assim? Thomas Sowell desnuda algumas dessas falácias que nos fazem ter uma visão turva quanto ao funcionamento do mundo da economia e tudo o que a cerca.

Uma obra necessária para quem deseja se ver livre de reducionismos e fatos não concretos sem contextualização adequada sobre muito do que nos cerca. A verdade liberta!

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Quem escreveu o livro?

Thomas Sowell é um economista americano,teórico social, filósofo político e autor. Atualmente é Senior Fellow na Hoover Institution, Stanford University. Sowell nasceu na Carolina do Norte, mas cresceu em Harlem, Nova York. Ele deixou o ensino médio e serviu no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos durante a Guerra da Coréia. Ele recebeu um diploma de bacharel, formando magna cum laude (com grandes honras) na Universidade de Harvard em 1958 e fez mestrado na Universidade de Columbia em 1959. Em 1968, obteve seu Doutorado em Economia pela Universidade de Chicago. Sowell atuou nas faculdades de várias universi... (Leia mais)

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